O povo burkinabe é
muito solidário na morte. Recentemente estive recebendo uma dezena de visitantes
em minha casa por causa do falecimento do meu pai em São Paulo, Brasil. Entre
esse grupo, tinha pessoas de diversas etnias e apenas uma minoria não era
crente. Como em Burkina é cultural acompanhar as pessoas até o portão em
visitas normais, fui acompanhar minha vizinha MOSSI até a porta e ela disse que
não precisava, porque entre os MOSSIS quando alguém morre não se acompanha até
porta. Na crendice do povo, não é bom
que o enlutado acompanhe o visitante até a porta, pois isto é como se tivesse
transmitindo o espírito da morte sobre a casa do visitante. Essa e outras crendices são oriundas do animismo, mas como não vivemos
debaixo de nenhum jugo, no mesmo instante lhe disse que nenhum espírito mal da minha parte lhe acompanharia porque sou ministro de Deus e que
essa e outra{ creoças não são verdades.
Claudemir Silva. Tecnologia do Blogger.
7 de set. de 2012
Os Marabous em Burkina
Um Marabou em Burkina é um adepto do islã praticante de feitiçarias. Na verdade este homem pode não ser autêntico na sua religiosidade. Ele pode conhecer um pouco do Alcorão, falar um pouco do árabe, mas na prática é um sincretista na sua profissão de fé. O fato é que no Islamismo original o Marabou seria tipo um escriba ou doutor da lei do contexto judaíco. Ou seja, alguém responsável por ensinar o Corão aos adeptos do Islã. Para um muçulmano de verdade, a figura dos Marabous em Burkina é uma aberração, uma distorção no Islamismo original, justamente por causa das práticas sincretistas, rituais e ocultismo realizados pelos mesmos. Seguramente, o analfabetismo e o animismo foram fatores que contribuíram para o desvio deste personagem no Islã de Burkina. O tema é extenso e requer uma pesquisa minunciosa, mas estas idéias tem certo fundamento em Burkina.
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